A parte mais difícil de esquecer alguém não é esquecer esse alguém.
É esquecer o dia a dia.
É esquecer aquele lugar onde vocês se viram pela primeira vez,
e que você passa em frente todos os dias ao ir trabalhar.
É esquecer aquele áudio engraçado do whatsapp
que vocês enviavam um pro outro pelo menos 5 vezes ao dia.
É esquecer aquela música que você recebeu dizendo que era a sua cara.
É esquecer o "já comeu?" na hora do almoço.
É esquecer a foto na hora da academia.
É esquecer aquela mesa quebrada que você consertou.
É esquecer aquele pedaço de bolo que você levou.
É esquecer as risadas sem motivo ao longo do dia.
É esquecer aquele mini ataque cardíaco
quando o celular vibrava com uma mensagem nova.
E de repente a ida e a volta do trabalho começam a ser desafios diários.
Chegar no trabalho e se afundar de afazeres é um refúgio.
Parece ser a solução mais rápida e eficaz.
Pra, se não esquecer, pelo menos evitar lembrar.
Todo final de semana era a mesma coisa.
Mesmo que não estivéssemos juntos fisicamente,
a gente tava junto nas palavras.
Um bom dia pra cá, um boa tarde lá,
e de vez em quando um "tu não falou comigo hoje ainda".
E de repente eu que tanto amava os finais de semana passei a odiá-los.
E de repente eu que tanto amava lembrar de você, passei a odiar ter que te esquecer.
E de repente eu que tanto odiava as segunda-feiras, passei a amá-las como se fossem sexta-feiras.
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